Veja QUANTO e QUANDO a soja pode voltar a subir

Mesmo com um forte aumento de quase 26 milhões de toneladas na produção brasileira de soja para 2022/23 (que deveria fazer os preços caírem), os Fundos estão comprando contratos em Chicago, não apenas de grãos, mas de farelo e óleo também. O que estaria fazendo eles tomarem o lado comprador do mercado, num ano em que a oferta poderá aumentar?

De acordo com a equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica, o motivo é a forte demanda por óleo de soja para a produção de biocombustíveis em 2023 em todo o mundo. Segundo os especialistas, isso exigirá um esmagamento e uma disponibilidade maior do grão.

O Brasil deverá passar dos atuais B10 para B15, conforme confirmado pelo novo governo; a Argentina (maior exportador de óleo de soja do mundo) deverá aumentar o seu consumo interno passando de B7 para B12; os Estados Unidos já usam 50% de diesel e 50% de biodiesel e a Indonésia deverá passar para B40 no próximo ano.

“Todos estes anúncios, já confirmados para 2023, prometem aumentar significativamente a demanda, como mostra os gráficos (de fundamentos de preços), diante de uma oferta estável. O único problema é que as cotações estão tendo dificuldade em ultrapassar a linha de resistência de $ 1480/bushel, que está registrando um grande período de acumulação durante todo o mês de dezembro ao redor deste nível”, explicam eles.

E poderão subir quanto? A análise técnica da Consultoria TF Agroeconômica aponta que, se a regra atual for confirmada, a ala “poderá atingir US$ 1.670/bushel. Traduzido para Reais/saca, significaria algo ao redor de R$ 191,50/saca. Mas, isto só deverá acontecer mais para o final do próximo ano, porque será preciso primeiro implementar todo o programa, o que é demorado”.

Fonte: Agrolink

Data: 26/12/2022