Perdas na safra de milho são atribuídas a estiagem
A safra de milho 2022, no Rio Grande do Sul, vem sendo acometida por mais uma estiagem. Em algumas regiões do Estado, já é a quarta consecutiva. Levantamento realizado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC/CCGL) estima que em áreas de milho sequeiro (sem uso de irrigação), em média, os prejuízos relacionados à quebra de safra já atingiram 42% dos grãos em relação à expectativa de produção inicialmente traçada pelas cooperativas .
Devido às altas temperaturas e à ausência de chuvas, especialmente durante os meses de novembro e dezembro, várias regiões já contabilizam perdas superiores a 70%. Os dados foram coletados em 20 cooperativas ligadas à RTC e destas, metade já consolidaram perdas superiores a 50%.
A estiagem também já começa a causar interferência sobre a cultura da soja. Até o momento, na área de atuação das cooperativas, 11% da área destinada à soja ainda não foi semeada, enquanto que na área semeada, 15% da cultura ainda não está emergida.
Segundo o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, os efeitos da seca são observados em todas as regiões produtivas do Estado, exceto na Noroeste. Essa irregularidade na distribuição das chuvas é o que difere o cenário de La Niña desta safra para a anterior.
Fonte: Agrolink
Data: 26/12/2022